Non-prosecution agreement and the paradigm of prevention in the fight against corruption and economic macrocriminality in Brazil: new alternatives to the traditional punitive model

Authors

DOI:

https://doi.org/10.22197/rbdpp.v6i3.374

Keywords:

Corruption, Macro-criminality, Negotiated criminal justice, Technical prevention.

Abstract

This article intends to analyze the recent legislative changes that have occurred in Brazil, especially the establishment of consensual forms of dispute resolution and their impacts in the fight against corruption and economic macro-criminality. Using the idea of technical prevention as proposed by Winfried Hassemer as a theoretical framework, it is intended to assess whether negotiated criminal justice represents an effective alternative to the dominant punitivist paradigm, with greater ability to reduce impunity and increase crime prevention indexes related to offenses against Public Administration and the economic order. Initially, some criminological aspects of corruption and macroeconomic criminality will be addressed, as well as political-criminal factors, which place the ideal of prevention as the central vector of the contemporary criminal justice system. Then, the insufficiency of the traditional model of Brazilian criminal prosecution, based on litigation, and its inefficiency in dealing with cases related to economic macro-crime and corruption will be analyzed. Finally, the main aspects related to the implementation of new consensual forms of dispute resolution in the criminal field, the political-criminal prognoses in the treatment of corruption and organized crime and their impacts on the performance of prosecution and judicial branch.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

  • Soraia da Rosa Mendes, Centro Unificado de Brasília (UniCEUB), Brasília/DF, Brasil.
    Pós-Doutora em Teorias Jurídicas Contemporâneas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Doutora em Direito, Estado e Constituição pela Universidade de Brasília - UnB. Mestra em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. 
    Professora Associada do PPG Mestrado e Doutorado em Direito do Centro Unificado de Brasília - UniCeub. Professora da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie. 
    Consultora da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Ex- coordenadora nacional do Comitê para América Latina e o Caribe de Defesa dos Direitos das Mulheres - CLADEM, nas gestões (2016-2018 e 2018-2020).
    Autora de diversas obras, dentre as quais "Criminologia Feminista: novos paradigmas", "Processo Penal Feminista" e "Pacote Anticrime: comentários críticos à Lei 13.964/2019". 
    Sócia-diretora do Escritório Soraia Mendes & Advogadas Associadas.
  • Augusto César Borges Souza, Universidade Federal de Goiás, Goiânia/GO, Brasil
    Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Direito e Políticas Públicas da Universidade Federal de Goiás (PPGDP-UFG). Pós-graduado em Direito Público pela Faculdade Baiana de Direito. Graduado em Direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de Goiás.

References

BARATTA, Alessandro. Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal: introdução à sociologia do direito penal. Tradução de Juarez Cirino dos Santos. 6 ed. Rio de Janeiro: Revan, 2011.

BINDER, Alberto. Análisis político criminal. 1 ed. Bogotá: Astrea, 2012.

BRANDALISE, Rodrigo da Silva. Justiça penal negociada: negociação de sentença criminal e princípios processuais relevantes. Curitiba: Juruá, 2016.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Banco Nacional de Monitoramento de Prisões – BNMP 2.0: Cadastro Nacional de Presos. Brasília, 2018. Disponível em: <https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2018/01/57412abdb54eba909b3e1819fc4c3ef4.pdf>. Acesso em: 17 mar. 2020.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Novos diagnósticos do enfrentamento da corrupção. Brasília, 2012. Disponível em: <https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2011/02/rel_diag_improbidade.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2020.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Justiça em Números 2020: ano-base 2019. Brasília, 2020. Disponível em: <https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/08/WEB-V3-Justi%C3%A7a-em-N%C3%BAmeros-2020-atualizado-em-25-08-2020.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2020.

FERRAZ JUNIOR, Jairton. Análise criminológica da corrupção: uma visão despenalizante. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, v. 134, ano 25, p. 109-134, ago. 2017.

GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. Tradução de Raul Fiker. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1991.

HASSEMER, Winfried. Direito Penal: fundamentos, estrutura, política. Tradução de Adriana Beckman Meireles et. al. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 2008.

HASSEMER, Winfried. Perspectivas de uma Moderna Política Criminal. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, v. 8, p. 41-51, out/dez. 1994.

LIVIANU, Roberto. Corrupção – Incluindo a Lei Anticorrupção. 2 ed. São Paulo: Quartier Latin, 2014.

MACHADO, Bruno Amaral; QUEZADO, Marina. Corrupção pública pelos olhos da criminologia: dano social e violação dos direitos humanos. Revista de Estudos Criminais, São Paulo, ano XVII, n. 70, p. 133-174, 2018.

MAURO, Carlos Eduardo Evangelisti. Uma análise da corrupção pública a partir da racionalidade e da ação. Revista de Economia & Relações Internacionais, v. 1, n. 2, jan. 2003. Disponível em: <http://www.mbafaap.com.br/revista_faap/rel_internacionais/economia_relacoes_internacionais.htm>. Acesso em: 25 mar. 2020.

MENDES, Soraia da Rosa; MARTÍNEZ, Ana Maria. Pacote Anticrime: comentários críticos à Lei 13.964/2019. São Paulo: Atlas, 2020.

ROXIN, Claus. Estudos de direito penal. Traduzido por Luís Greco. 2 ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2008.

SEN, Amartya. Desenvolvimento como Liberdade. Tradução de Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia. 7 ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2018.

SCHUNEMANN, Bernd. Temas actuales y permanentes del Derecho penal después del milenio. Madrid: Tecnos, 2002.

SILVA SÁNCHEZ, Jesús María. La expansión del Derecho penal. Aspectos de la Política criminal en las sociedades postindustriales. Madrid: Edisofer, 2011.

SUTHERLAND, Edwin H. Crime de colarinho branco: versão sem cortes. Traduzido por Clécio Lemos. 1 ed. Rio de Janeiro: Revan, 2015.

SUXBERGER, Antonio Henrique Graciano; FILHO, Dermeval Farias Gomes. Funcionalização e expansão do Direito Penal: o Direito Penal negocial. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 1, p. 377-396, 2016. https://doi.org/10.5102/rdi.v13i1.4097

VASCONCELLOS, Vinicius Gomes de. As tendências de expansão da justiça criminal negocial em âmbito internacional: a barganha como instituto importado em convergências entre sistemas. Revista de Estudos Criminais, Porto Alegre, v. 19, n. 76, p. 153-173, 2020.

VASCONCELLOS, Vinicius Gomes de. Colaboração premiada e negociação na justiça criminal brasileira: acordos para aplicação de sanção penal consentida pelo réu no processo penal. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, v. 166, ano 28, p. 241-271, abr. 2020.

VERÍSSIMO, Carla. Compliance: incentivo à adoção de medidas anticorrupção. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

Published

2020-10-27

Issue

Section

DOSSIÊ: A persecução da corrupção como instrumento de luta política

How to Cite

Mendes, S. da R., & Souza, A. C. B. (2020). Non-prosecution agreement and the paradigm of prevention in the fight against corruption and economic macrocriminality in Brazil: new alternatives to the traditional punitive model. Brazilian Journal of Criminal Procedure, 6(3), 1175-1208. https://doi.org/10.22197/rbdpp.v6i3.374