A colaboração premiada como instrumento de política criminal: a tensão em relação às garantias fundamentais do réu colaborador
DOI:
https://doi.org/10.22197/rbdpp.v3i1.46Palabras clave:
Colaboração premiada, Política criminal, Justiça Criminal Consensual, Garantias fundamentais, Réu-colaborador.Resumen
O presente estudo almeja analisar a colaboração premiada a partir de sua fundamentação político-criminal, de modo a atingir a tensão que mantém em relação a determinadas garantias fundamentais do acusado, sobretudo daquele que firma o acordo. Nesta ocasião, será realizada, substancialmente, uma contraposição entre o procedimento legal de colaboração e os princípios do contraditório, da ampla defesa, da presunção de inocência, e da não-autoincriminação. A aplicação da colaboração premiada se mostra extremamente controvertida não só no senso comum, frequentemente veiculado pelos meios de comunicação, mas principalmente na perspectiva técnica, especialmente em relação ao debate científico, o que reflete a complexidade do tema proposto. Para uma efetiva abordagem do tema, o trabalho faz-se valer dos métodos dedutivo, histórico-evolutivo e dialético, sendo a pesquisa bibliográfica a técnica fundamentalmente utilizada.Descargas
Referencias
ALMEIDA, Joaquim Canuto Mendes de. Princípios fundamentais do processo penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1973.
BAUMAN, Zigmunt. Globalização: as consequências humanas. Tradução: Marcos Penchel. Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar, 1999.
BECK, Ulrich. Sociedade de risco. Tradução: Sebastião Nascimento. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2011.
CARVALHO, L. G. Grandinetti Castanho de. Processo penal e constituição: princípios constitucionais do processo penal. 5. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2009.
DIAS, Jorge de Figueiredo. Acordos sobre a sentença em processo penal: o fim do Estado de Direito ou um novo “princípio”? Porto: Conselho Distrital do Porto da Ordem dos Advogados, 2011.
DIAS, Jorge Figueiredo. Os novos rumos da política criminal e o direito penal português do futuro. Coimbra: ROA, 1983.
FARIA, José Eduardo. Direito e globalização econômica: implicações e perspectivas. São Paulo: Malheiros, 1996.
FERRAJOLI, Luigi. Direito e razão: teoria do garantismo penal. 3 ed. rev. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010.
FERNANDES, Antônio Scarance. Processo penal constitucional. 5. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
FERNANDES, Antonio Scarance. Teoria geral do procedimento e o procedimento no processo penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.
FERNANDES, Fernando Andrade. O processo penal como instrumento de política criminal. Coimbra: Almedina, 2001.
FERNANDES, Fernando Andrade. Sobre uma opção jurídico-política e jurídico-metodológica de compreensão das ciências jurídico-criminais. In: COSTA ANDRADE, Manuel da et al. (Org.). Liber Discipulorum para Jorge de Figueiredo Dias. Coimbra: Editora Coimbra, 2003.
GOMES, Luiz Flávio; SILVA, Marcelo Rodrigues da. Organizações criminosas e técnicas especiais de investigação: questões controvertidas, aspectos teóricos e prático e análise da Lei 12.850/2013. Salvador: JusPODIVM, 2015.
HABIB, Gabriel. Leis penais especiais. 5. ed. tomo II. Bahia: JusPODIVM, 2014.
HASSEMER, Winfried. La ciência jurídico penal en la república federal alemana. Trad. Hernán Hormanazabal Malarée. Anuario de Derecho Penal y Ciencias Penales. t. XLVI, f. I. Madrid: ene./abr. 1993. p. 35-80.
MANDARINO, Renan Posella. Limites probatórios da delação premiada frente à verdade no processo penal. In: Aspectos penais controversos da colaboração premiada: monografias vencedoras 2016 – IASP|CIEE – Esther Figueiredo Ferras. 1. ed. São Paulo: Editora IASP, 2016.
MENDONÇA, Andrey Borges de. A colaboração premiada e a nova Lei do Crime Organizado (Lei 12.850/2013). Custos Legis: Revista eletrônica do Ministério Público Federal, v. 4, p. 01-38, 2013.
MORAES, Maurício Zanoide de. Presunção de inocência no processo penal brasileiro: análise de sua estrutura normativa para a elaboração legislativa e para a decisão judicial. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais comentadas. 8. ed. v. 2. Rio de Janeiro: Forense, 2014.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 10. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2013.
OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de processo penal. 11. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.
PELLEGRINI, Flaviane de Magalhães Barros. et. al. O princípio da ampla defesa: uma reconstrução através do paradigma do Estado Democrático de Direito. Disponível em http://www.publicadireito.com.br/conpedi/manaus/arquivos/anais/XIVCongresso/1 23.pdf. Acesso em: 07 fev 2017.
PEREIRA, Frederico Valdez. Delação premiada: legitimidade e procedimento. Curitiba: Juruá, 2013.
RODRIGUES, Anabela Maria M. A determinação da medida da pena privativa de liberdade. Coimbra: Coimbra Editora, 1995.
ROXIN, Claus. Estudos de Direito Penal. Tradução: Luís Greco. Rio de Janeiro: Renovar, 2006.
ROXIN, Claus. Política criminal e sistema jurídico penal. Tradução: Luis Greco. Rio de Janeiro: Renovar, 2000.
SILVA, Eduardo Araújo. Organizações criminosas: aspectos penais e processuais da Lei nº 12850/13. São Paulo: Atlas, 2014.
SILVEIRA, Felipe Lazzari da. A banalização da prisão preventiva para a garantia da ordem pública. Revista da Faculdade de Direito da UFMG, Belo Horizonte, n. 67, p. 213-244, jul./dez. 2015. https://doi.org/10.12818/p.0304-2340.2015v67p213
VASCONCELLOS, Vinícius Gomes de. Barganha e Justiça Criminal Negocial: análise das tendências de expansão dos espaços de consenso no processo penal brasileiro. São Paulo: IBCCRIM, 2015.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
A partir de 2022, los artículos publicados en el RDPP tienen una licencia Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. Los artículos publicados hasta 2021 adoptaron la licencia Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.